segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Boas Festas com a Animalvet!

Votos de Festas Felizes de toda a equipa da Clínica Veterinária Animalvet.


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A dor no cão

A Associação Internacional para o estudo da dor define a DOR como sendo uma sensação desagradável a uma experiência emocional em resposta a uma agressão tecidular real ou potencial.

Nos animais esta definição pode ser completada das seguintes formas:

A dor é uma experiência sensorial adversa causada por uma ameaça real ou potencial que provoca reacções motrizes e vegetativas protectoras, conduzindo a aprendizagem de um comportamento preventivo da dor e que pode modificar o comportamento específico da espécie, incluindo o comportamento social.

Existem dois tipos de dor: física e psíquica. Em relação há intensidade ela pode variar de ligeira a intensa dependendo do tipo de afecção que lhe está subjacente (aguda, crónica, pós-operatória). Pode estar localizada interna ou externamente.

Como se pode saber se o cão está em sofrimento?

É comum dizer-se que os cães "sofrem em silêncio". No entanto, e apesar da linguagem que uitiliza para exprimir a dor ser mais elementar, mas discreta, e de alguma forma, mais secreta, do que a que nós, humanos, o cão exprime-se através de um certo número de reacções que é preciso conhecer bem para compreender o seu significado.
No cão, a dor é exteriorizada através de posturas mímicas e diversas formas de vocalização (ganidos, gemidos, uivos). As vocalizações são mais frequentes quando se trata de uma dor de origem externa (pancada, atropelamento, etc.) e só se manifestam de forma expontânea, em situações graves de origem interna.
Quaisquer que sejam as manifestações de dor, estas serão uma ajuda preciosa no diagnóstico de inúmeras afecções, dado que frequentemente, este será o primeiro, e por vezes, único sintoma da sua existência.
Assim, é conveniente dar atenção a alguns comportamentos que podem significar presença de dor, como sejam:
  • Alteração de hábitos: agitação ou prostração, tremores, resistência a levantar-se, orelhas baixas, cauda baixa, micções descontroladas, emagrecimento acentuado.
  • Mímica facial: o olhar, movimentos rápidos da língua.

  • Mímica gestual: abanar violento e constante das orelhas, coçar as orelhas, movimentos rápidos dos membros anteriores em direcção à boca, coçar e morder em qualquer parte do corpo, reacções de defesa, agressividade, mastigação difícil, recusa à palpação.

  • Mímica postural: adopção de posturas incorrectas, prostração, levantar difícil ou coxeira permanente.

  • Manifestações cardio-respiratórias: respiração difícil, frequência respiratória aumentada, frequência cardíaca aumentada.

  • Manifestações secretoras: lacrimejamento, excesso de saliva.

  • Manifestações psíquicas: o animal passa muito rapidamente de um estado depressivo para um estado agressivo, inaptência, insónias (dores agudas), desgosto em viver (dores crónicas) podendo levar à morte.

Dor psíquica no cão

A dor psíquica não é um privilégio do Homem. O cão também se ressente psiquicamente e por vezes de forma intensa e duradoura.

Este tipo de dor pode ser:

- De curta duração e manifestar-se através de reacções de grande excitabilidade durante períodos de hospitalização ou de ausência dos donos.

- Ou subsistir durante longos períodos de tempo no caso de morte dos donos, ou de abandono ou de estadas prolongadas em canis, podendo traduzir-se em prostração, melancolia, falta de apetite, recusa em viver e em casos extremos, podendo mesmo conduzir à morte.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Reportagem da Cãominhada 2010


Aqui ficam algumas fotografias que apresentam o momento da chegada ao Parque Urbano do Rio Diz dos participantes da 2ª Cãominhada da Guarda, no dia 19 de Setembro de 2010.
Uma manhã bem passada, onde todos os participantes se portaram à altura e também se divertiram.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

II Cãominhada da Cidade da Guarda

Irá acontecer no próximo dia 19 de Setembro a 2ª Cãominhada do Concelho da Guarda, integrada na Semana Europeia da Mobilidade (16 a 22 de Setembro de 2010).
Para mais informações e inscrições consultar o programa no site da Câmara Municipal da Guarda.
Além do passeio haverá outras actividades e almoço para os participantes.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Luna

O seguinte artigo mostra sentimentos que muitas vezes só são conhecidos por quem tem um animal de estimação.
"Os animais de estimação aparecem, por vezes, sem estarmos à sua espera e entram-nos pela vida familiar adentro. Quando morrem deixam uma sensação de perda grande. Se tem um animalde estimação vai compreender as linhas que se seguem, se não arranje um, cão, de preferência.
Há muitos anos, lá no meu bairro, vivia uma senhora de idade que tinha um cão de companhia velhinho e de pequeno porte. Um dia, como é inevitável, morreu. A senhora chorou a sua morte como se se tratasse de um ente querido. Nós, putos de bairro e da rua, insensíveis à sua dor, gozámos com a situação, porque eramos imaturos e não a compreendíamos.
Até há uns anos fazia-me confusão constatar que donos de cães, envergando ainda pijamas e respectivos robes, se davam ao trabalho de, bem cedo, se deslocarem à rua para que os seus canídeos pudessem aliviar-se na relva, no empedrado ou contra um poste. Dizia para mim próprio que nunca iria fazê-lo e que era preciso ter uma pachorra enorme para alguém se dar ao trabalho de sair do quente da caminha para ir para a rua, apanhar frio, enquanto espera que um animal se dê ao trabalho de fazer o que tem a fazer. Não podia estar mais enganado!
Há cerca de seis anos ofereceram-me uma cadela cruzada de Rottweiler com Labrador, um quase rafeiro, portanto, que revelou desde o início uma grande inteligência, para um cão, bem como sensibilidade e perspicácia para os estados de espírito dos membros da casa. Desde logo me elegeu como chefe da matilha, o lobo-alfa (porque é assim que os nossos cães nos vêem - elegem o líder, se este se impuser, e os restantes membros da família são vistos como mais um da matilha) e passou a acompanhar-me para todo o lado. Dotada de uma personalidade muito dócil, típica dos Labrador, reagia aos meus humores. Recordo que o seu pecado favorito era aliviar-se no relvado que tanto trabalho me dá. Quando isso acontecia, ao chegar a casa eu sabia-o de imediato, porque a Luna, moita-carrasco, ficava impávida e sorrindo-me timidamente (sim, porque os cães também sorriem!), abdicava de vir a correr ao meu encontro e eu sabia, de imediato, que tinha feito asneira.
Nunca tive muita paciência para lhe ensinar muitas coisas, mas ela aprendia muito rápido, pelo que a trela foi um acessório que raramente utilizei. Acompanhava-me sempre quando andava a pé, de bicicleta ou mesmo atrás do jipe, por esses caminhos rurais que começam a escassear. Abrandava quando o cansaço a atacava, mas nunca desistia, estoicamente chegava, sempre.
Sem nos apercebermos, a Luna passou a fazer parte da família e das rotinas diárias. Ir à rua, comer (adorava os petiscos a que os humanos chamamos restos), brincar ou partilhar no alpendre um pôr-do-sol de Verão connosco, eram verdadeiros prazeres para ela.
Há cerca de três anos surgiu-lhe uma doença endémica desta região - a Leishmaniose - que é incurável. Controlá-la foi difícil. O abate, fora de questão. Aceitou corajosamente as quarenta injecções e melhorou. Partilhou connosco estes três anos. Resolveu deixar-nos na passagem para 2010. Lutou pela vida, lutámos com ela e por ela. Não resistiu, desistiu e desistimos. Deixámo-la ir. Deixou um vazio enorme em casa. Estamos a recomeçar, para ajudar arranjei mais uma alienígena, uma Canis Familiaris negra como a noite, louca, feliz e também inteligente, veio tentar colmatar o vazio deixado pela outra. A sua graça é Luna."

Por José Carlos Lopes in jornal O Interior

quinta-feira, 11 de março de 2010

Seguros de Saúde

Tal como acontece na Medicina Humana, também na Medicina Veterinária têm surgido ao longo dos últimos anos, Seguros de Saúde para Animais de Companhia. São seguros que cobrem despesas médicas, cirúrgicas, medicamentos e alguns cobrem ainda despesas de alimentação. Estes seguros funcionam quer no regime de prestações directas de serviços quer por reembolso da despesa ao proprietário, dependendo do tipo de seguro e companhia contratados.
Não vamos através deste artigo publicitar ou citar o nome de companhias de seguros ou de outras entidades que comercializem estes produtos, pretendemos apenas alertar para a sua existência.
Este tipo de produtos são uma mais-valia para os proprietários de animais de companhia na hora em que acontece um acidente ou doença que implica despesas avultadas para tratar o seu animal, pois sabemos que em alguns destes casos, e por falta de condições financeiras dos proprietários, a eutanásia é uma solução adoptada por não haver outra alternativa.
Na hora de contratar um seguro de saúde é importante comparar custo/benefício, as anuidades dos diferentes seguros e o tipo de coberturas que cada um tem (é importante ter em conta o valor anual máximo de cobertura, o tipo de serviços que cobre, se cobre medicamentos e outros produtos farmacêuticos necessários durante o tratamento, entre outros).
Para além dos Seguros de Saúde existem também no mercado Seguros de Responsabilidade Cívil (Obrigatórios para Cães de Raças Perigosas e Potencialmente Perigosas) que também livram os donos de algumas dores de cabeça na hora em que o seu animal de estimação provoca danos a terceiros.